Poluição Luminosa

Poluição Luminosa

A poluição luminosa teve início a milhares de anos com a descoberta do fogo e com a invenção de velas e lampiões, porém em menor escala se comparada aos dias atuais, mas foi com a invenção da eletricidade no século XIX que a poluição luminosa tomou grandes proporções, atingindo principalmente grandes cidades e centros urbanos, isso por conta da luz elétrica que hoje é o meio de iluminação majoritariamente utilizado no mundo.

Poluição luminosa pode ser definida como o brilho noturno no céu acima das áreas características de concentração urbana que é provocada pela luz artificial mal direcionada de casas, prédios e demais instalações, que é refletida na poeira, vapor de água e outras partículas dispersas na atmosfera. Pode ser entendida como desperdício de energia, provocada por luminárias, instalações e projetos ineficientes e mal elaborados (ABNT NBR 5101).

De acordo com LNA (laboratório nacional de astrofísica) a poluição luminosa pode ser classificada em três categorias, denominadas da seguinte forma:

1 – Brilho do céu (shy glow):

É o brilho alaranjado do céu que é provocado pelo direcionamento indevido das luzes para o alto.

2 – Ofuscamento (glare):

É o excesso de luz direcionada aos olhos, que causa cegueira momentânea, comparado ao farol de um automóvel vindo na direção contraria.

 

3 – Luz Intrusa (trespass):

É a iluminação de um ambiente que incide em outro ambiente, como por exemplo iluminação de uma via pública que invade residências e ilumina áreas indevidas.

 

Apesar de ser um tema pouco falado na mídia e talvez desconhecido por muitos, a poluição luminosa vem ganhando maior notoriedade a partir da década de 90, assim como outros tipos de poluições, há influência direta em nossa saúde, qualidade de vida e bem-estar e pode provocar diversos impactos ambientais em nosso planeta:

  • A poluição luminosa afeta os ciclos migratórios de aves, desorientando-as e as fazendo bater em casas, prédios ou outras instalações iluminadas ou ir de encontro a luz.
  • Animais com bioluminescência também são afetados, como por exemplo os vaga-lumes fêmeas utilizam bioluminescência para atrair os machos em até 45 metros de distância, mas com a presença de luz artificial esse recurso é prejudicado, reduzindo a reprodução da espécie.
  • Afetam também tartarugas marinhas que saem dos seus ninhos na praia, os filhotes se movem no sentido contrário da escuridão e vão em direção ao oceano, onde é sutilmente iluminado pelas estrelas e lua, com iluminação artificial das praias esses animais não conseguem diferenciar os ambientes e ficam desorientados.
  • Existem algumas espécies de plantas que não florescem caso a duração da noite seja mais curta, enquanto outras florescem prematuramente.
  • Os problemas causados pela poluição luminosa sobre a saúde humana são muito relevantes. O aumento da incidência de alguns tipos de câncer, como o câncer de mama por exemplo, está comprovadamente associado a poluição luminosa. A exposição prolongada e ininterrupta à luz durante a noite sobre a glândula pineal causa uma redução substancial da produção de hormônios sintetizados no escuro.

 

Diferente de outras tipos de poluição, a luminosa pode ser revertida. Utilizando a iluminação de forma correta, com as luzes direcionadas unicamente para a área que se deseja iluminar e apenas durante o tempo que for necessário, sem dispersão da luz acima ou na linha do horizonte.

A realização de um projeto luminotécnico bem elaborado é fundamental para economia de energia, para um conforto visual adequado e para evitar a poluição luminosa. Para isso a Naville conta com um departamento de engenharia com colaboradores de credibilidade e altamente capacitados para atender as necessidades de cada cliente.

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Texto por Flavio Santos

Engenheiro de Processos – Naville Iluminação

03/06/2019

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